Literatura infanto-juvenil (com algumas histórias e alguns poemas da minha autoria)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Vários Poemas - Vários Poetas
Como a cigarra o seu gosto
É levar a temporada
De Junho, Julho e Agosto
Numa cantiga pegada,
De Inverno também se come,
E então rapa frio e fome!
Um Inverno a infeliz
Chega-se à formiga e diz:
- Venho pedir-lhe um favor
De me emprestar mantimento,
Matar-me a necessidade;
Que em chegando a novidade,
Até faço um juramento,
Pago-lhe seja o que for.
Mas pergunta-lhe a formiga:
- Pois que fez durante o estio?
_ Eu, cantar ao desafio.
-Ah! Cantar? Pois, minha amiga,
Quem leva o estio a cantar
Leva o Inverno a dançar!
João de Deus - Campo de Flores
Poema Para Galileu
Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Eu queria agradecer-te , Galileu,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate, Galileu!
- e jurava a pés juntos, e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.
Pois não é evidente, Galileu?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa
ou que um seixo de praia?
António Gedeão - Poemas
Levava um Jarrinho
Levava um jarrinho
para ir buscar vinho
Levava um tostão
para comprar pão
e levava uma fita
para ir bonita.
Correu atrás
de mim um rapaz:
foi o jarro para o chão
Perdi o tostão,
rasgou-se-me a fita...
Vejam que desdita!
Se eu não levasse um jarrinho
Nem fosse buscar vinho
nem trouxesse a fita
para ir bonita
nem corresse atrás
de mim um rapaz
para ver o que eu fazia
nada disto acontecia.
Fernando Pessoa - Obras Completas
Viagem Espacial
O astronauta
é um pernalta
num salto fica
perto da lua.
Oh! quem me dera
ser assim alto,
num foguetão
em asa ou cápsula
entrar em órbita
descer na lua
voltar à noite
para a minha casa
dormir à noite
na minha cama!
O astronauta
é um pernalta
que voa e chama.
Maria Alberta Menéres - Conversas com Versos
E Se...
E se houvesse uma deusa escondida
naquela nuvem
que atravessa o céu puxada por um
dragão de prata?
Se de repente saltasse para o azul
uma mulher longa como uma
melodia de violino
e começasse a atirar para a terra
rosas desfolhadas?...
(Que pena a beleza do universo não
ser assim tão fácil
em vez desta complicação que
ninguém entende,
sem rosas nem deuses.)
José Gomes Ferreira -Poesia II
Um grande XI-
quinta-feira, 23 de junho de 2011
As Árvores da Minha Rua
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O Cavalo do Senhor Silva
João Gonçalo
Patrícia Borges
Mafalda Machado
Carlota Dotti
Daniela Oliveira
Francisco Q.
Vlad
Hugo
Joana
Bárbara
João Pedro
Mariana
Maria Teresa
Joana C.
Margarida Correia
João Francisco
Inês Rebelo
Bruna Condeixa
Eduardo Carmo
João Paulo
O senhor Silva, o dono daquele belo cavalo, andava muito orgulhoso de ter um cavalo assim. Como o queria mostrar a toda a gente pensou em levá-lo para a corrida de toiros.
No centro da praça, o cavalo assustou-se muito por ver tanta gente a olhar para ele, a bater palmas e a gritar.
-Olé! Olé! Soltem o toiro!
Naquela altura entrou o toiro na arena. Era muito grande, preto e pesava 630 kilos.
Nas bancadas continuava a ouvir-se:
- Olé Olé!
Coitado do cavalo! Que se estava a passar? Ele não percebia o que estava ali a fazer, montado pelo dono.
Foi então que o toiro investiu contra o cavalo com os cornos e feriu-lhe uma perna. Pobre animal! Sentiu-se desfalecer.
O senhor Silva gritou ao ver o seu sofrimento:
- Socorro! O meu cavalo está cheio de dores!
Imediatamente fez-se silêncio na assistência ao verem aquela aflição.
Os cabrestos entraram na arena para recolher o toiro.
Na assistência estava um veterinário que se dirigiu á cabine de som e disse:
- Eu sou veterinário! Eu ajudarei o animal!
Desceu e foi a correr até ao cavalo. Da sua mala de veterinário retirou tudo o que era preciso para o curar.
A partir daquela altura o senhor Silva arrependeu-se de ter levando o seu belo cavalo para a corrida e pensou:
- Nunca mais o levarei à praça. A partir de agora o meu cavalo apenas correrá na quinta.
Desde então, o cavalo foi muito feliz a correr e a saltar nos prados verdejantes da quinta.
Mais tarde, o senhor Silva comprou numa feira uma linda égua para lhe fazer companhia.
Ao nascer o primeiro poldro todos se sentiram muito felizes.
Na quinta dos animais
Chegou finalmente o dia
Nascera um cavalinho
Havia mais alegria!
domingo, 12 de junho de 2011
Marta Aprende a Voar - A História
to sedoso do animal. Marta estava feliz. Era a primeira vez que tocava num pássaro, para mais um pássaro que ela nunca vira antes.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Férias na Lua
Férias na lua
Depois de muito pensar
E de muito magicar
As raparigas cá da rua
Resolvemos descansar
e as nossas férias passar
Pelo menos um mês na lua.
Preparamos as bagagens
Das nossas grandes viagens
E alugamos um carrinho
Mas o bom do condutor
Por vergonha ou por temor
Não dava com o caminho!
Assim, voltámos para trás
E o tal condutor zás!
Desapareceu na ruela
Passam-se as horas e a lua
Apareceu cá na rua
Vejo-a da minha janela!
Eugénia Edviges
Um grande xi-coração
sexta-feira, 3 de junho de 2011
O Triunfo do Bem
História escrita pela turma do 3º B
Ruben Alexandre
Fábio Candeia
Fábio Jorge
João Firmino
Saria Ano
Rogério Alexandre
Sofia Goga ídia Silva
Ana Carolina
Luis
João Lopes
Filipe Estrada
O deserto africano era muito quente e perigoso porque vivia lá um sábio que tinha uns óculos mágicos. Os óculos tinham o poder de transformar em peixes todas as pessoas que entravam no deserto.
Assim, ninguém queria lá entrar.
Mas, o cavaleiro Rubi, que era valentão, foi ao deserto para combater o sábio e tentar roubar os óculos.
O cavaleiro venceu o sábio e conseguiu roubar os óculos.
Para castigo do sábio, transformou-o em peixe.
Mas, como teve pena dele, usou mais uma vez o poder dos óculos mágicos. E, repentinamente, apareceu um óasis com um lago de água transparente e palmeiras altas e verdes, que davam boas sombras.
As pessoas deixaram de ter medo de entrar no deserto e passeavam no óasis. Deitavam comida ao peixe.
O peixe viveu muitos anos no óasis feliz porque as pessoas o tratavam bem. Sentia-se arrependido por todo o mal que tinha feito às pessoas.
Passados alguns anos, o cavaleiro Rubi passou pelo óasis. Ao ver o peixe tão grande pela comida que lhe davam, disse-lhe:
- Já aprendeste a lição?
Respondeu o peixe:
- Sim, descobri que o bem triunfa sobre o mal. Nunca mais serei mau.
- Então, voltarás a ser sábio, mas só praticarás o bem.
Bendito e louvado está o conto acabado!
Um grande xi-coração